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Catarina avisa, Governo liga, Bloco resiste. E PCP não diz que não (nem que sim)

Líder do Bloco acenou com um chumbo, Executivo fez contactos para acalmar o partido (e fala num "mal-entendido"). Agora, os dois anseiam para ver se, com a pressão, o PCP recua. Mas antes de o Orçamento chegar, os comunistas não fecharam a porta. A negociação treme, mas vai no adro (e com pistas pelo meio)

Catarina Martins, Jerónimo de Sousa e António Costa, os três parceiros da geringonça
Nuno Botelho

O aviso foi feito alto e sem meias palavras: o Bloco de Esquerda está mesmo a ponderar votar contra o Orçamento do Estado e é o que fará se não forem feitas alterações “estruturais” ao documento. E o Governo, que esteve atento, ouviu e já fez os primeiros contactos com o partido para continuar a negociar até à última hora. Do lado do Executivo, a ideia passa por assegurar que os bloquistas perceberam mal as suas intenções - e que está mesmo a fazer esforços reais para acolher as pretensões do partido no Orçamento. O problema? É que uma posição hostil do Bloco também pode dificultar as conversas com o PCP.