O comentador Luís Marques Mendes defende que os portugueses devem poder saber quem são os grandes devedores do Novo Banco, que a versão público da auditoria da Deloitte omitiu. “Quem são os caloteiros que abriram buracos brutais?”, questionou Marques Mendes no seu espaço de comentário televisivo na SIC.
"Na auditoria foi tudo rasurado, tudo escondido", lamentou o comentador. "Sempre que há bancos estatais ou bancos financiados pelo dinheiro público os portugueses têm o direito de saber quem criou os buracos", declarou o comentador na SIC.
Questionado sobre a necessidade de proteção do sigilo bancário, Marques Mendes defendeu que isso deve ser assegurado com os clientes cumpridores mas não com os devedores, lembrando que a Autoridade Tributária tem no seu site uma lista de devedores. No caso do Novo Banco, apontou o comentador, "sigilo bancário é beneficiar o infrator, o caloteiro".
Medidas do Governo para a pandemia "são insuficientes"
Marques Mendes também analisou as medidas que o país adotará no quadro da reabertura das escolas, considerando que "as decisões do Governo são insuficientes".
O comentador defende que "devíamos ter declarado o estado de calamidade", sobretudo tendo presente a aceleração de casos de contágio, com uma média diária de 481 na última semana, mais do dobro do registado no início de agosto.
Marques Mendes afirmou ainda na SIC que "havia tudo a ganhar em dizer que as máscaras são obrigatórias em ajuntamentos" e que "daria confiança que houvesse uma testagem aos professores e funcionários" antes da reabertura das escolas.