O Presidente da República diz-se satisfeito por ver a afluência nas praias algarvias, onde encontrou “vários turistas, nomeadamente ingleses e franceses”. Em Armação de Pêra, na oitava visita presidencial ao Algarve com o objetivo de “puxar” pela região, Marcelo Rebelo de Sousa testemunhou “as condições magníficas de mar” e o interesse dos visitantes. “Está a subir a maré dos que vêm para cá, portugueses e não portugueses. Isso é muito bom sinal.”
Em breves declarações aos jornalistas, o chefe de Estado explicou que as reuniões com os autarcas algarvios pretendem acompanhar a criação de um “pacote adicional [de medidas] para o Algarve, que tem a ver com a diversificação da economia”. Além do turismo, que lhe serve de motor, Marcelo reforçou a ideia da aposta em sectores que “devem complementar o turismo”. Sem especificar, confirmou novo encontro com autarcas no próximo dia 20 de agosto em Portimão.
Questionado sobre a auditoria ao Novo Banco, o Presidente da República elogiou o executivo de António Costa. “O Governo tomou uma posição sensata, que é a minha há muito tempo, e que é acelerar a auditoria e avaliar todo o tipo de realidade relativamente ao Novo Banco.” Marcelo espera um desfecho “o mais rapidamente possível” e frisou que ela envolveu “todos os portugueses”.
“Tem sido feita justiça a Portugal”
Confirmada está também a notícia de que o Autódromo Internacional do Algarve irá receber uma prova do Mundial de MotoGP em novembro, a que se junta a fase final da Liga dos Campeões de futebol em agosto, e uma prova da Fórmula 1 em outubro. E, mesmo que não falte vontade, Marcelo não estará presente em todos os eventos. “Não faria mais nada”.
Ainda assim, espera poder estar nas provas da Fórmula 1 e MotoGP e garantiu presença na final da Liga dos Campeões, em Lisboa, para a qual foi convidado. Outros jogos “só se se justificar”, com a presença de algum chefe de Estado. Um deles, Filipe VI, rei de Espanha, já mostrou vontade de vir a Portugal acompanhar as equipas espanholas que avancem na prova — Barcelona e Atlético de Madrid estão apurados para os quartos de final.
As provas representam “um triunfo para Portugal e para o Algarve e para a diplomacia portuguesa no domínio desportivo”, considera, e são “um reconhecimento de que as autoridades internacionais acreditam em Portugal e na evolução positiva da situação”.
Questionado sobre se essa evolução positiva estava plasmada nos corredores aéreos internacionais — de onde no caso britânico, por exemplo, Portugal continua excluído — Marcelo foi pelo otimismo. “Se compararem o panorama de há um mês, mês e meio, tem sido feita justiça a Portugal, e em particular ao Algarve, quando no passado, do nosso ponto de vista, era injusto o tratamento.”