António Costa enviou uma carta à procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, onde pede a suspensão da venda dos ativos do Novo Banco até que a auditoria encomendada à consultora Deloitte esteja concluída. A decisão do primeiro-ministro surge depois de Rui Rio, em pleno debate sobre o Estado da Nação, ter apelado ao Ministério Público que investigasse os negócios do Novo Banco, alegando que a instituição financeira está a vender ao desbarato imóveis do grupo.
Na missiva, a que o Expresso teve acesso, António Costa recupera as “acusações graves” do “deputado Rui Rio” para sustentar a decisão. “[A acusação] não pode deixar de ser tida em conta com toda a seriedade, porque é seguramente fundamentada”, anota o primeiro-ministro, antes de acrescentar: “Tendo em conta o impacto que tal facto tem nas responsabilidades do fundo de resolução, não é uma questão do limitado interesse dos acionistas, tendo o Estado plena legitimidade em agir.”