Política

Covid-19. “Se houver vontade política haverá acordo”, diz Costa sobre plano de recuperação económica na UE

Na véspera do primeiro Conselho Europeu presencial desde o início da pandemia, o primeiro-ministro mostrou-se convicto de que há “uma vontade generalizada” para se se chegar ao consenso necessário para um acordo

ANTONIO COTRIM/LUSA

O primeiro-ministro, António Costa, considerou esta quinta-feira em Bruxelas que “se houver vontade política haverá acordo” sobre o plano para a recuperação económica na União Europeia (UE). No primeiro Conselho Europeu presencial desde o início da pandemia de covid-19, os líderes da UE vão discutir esta sexta-feira e sábado o programa de recuperação das economias afetadas pelo impacto do novo coronavírus.

Costa espera que os líderes europeus cheguem a acordo, garantindo que Portugal está em condições de entrar no Conselho e aprovar e sublinhando que os problemas estão ultrapassados... desde que não sejam reabertos. O chefe do Governo mostrou-se convicto de que há “uma vontade generalizada” para se chegar ao consenso necessário para um acordo.

O objetivo é que o programa de recuperação esteja em vigor a 1 de janeiro, sublinhou Costa, adiantando que não é nem pode ser um cheque em branco, mas também não é nem pode ser uma nova troika”. O primeiro-ministro admitiu ainda que “a crise está a ser mais profunda do que se estimou” e que se vive um ambiente de “enorme incerteza”.

“O turismo vai ainda recuperar suficientemente? Como vamos viver o próximo inverno?”, questionou-se, dizendo que a estratégia é “desejar o melhor e prevenir o pior”, que seria uma segunda vaga do vírus.

Costa está na capital belga para o Conselho Europeu durante o qual os 27 Estados-membros vão tentar fechar um compromisso sobre o fundo de recuperação europeu e o orçamento plurianual da União para 2021-2027.