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Jogo do empurra no 1º de Maio: Marcelo distancia-se, Governo aponta para Presidente e DGS

Marcelo e Governo falaram com a CTGP, mas apontam responsabilidades às autoridades de saúde. Enquanto o MAI elogia a organização da CGTP, o Presidente diz que tinha pensado numa cerimónia "mais restritiva". Ninguém fixou número máximo de participantes, mas o decreto de Marcelo previa essa hipótese - e ninguém fora a CGTP assume a "paternidade" dos moldes da celebração.

JOÃO RELVAS/LUSA

Afinal, de quem é a "paternidade" das polémicas celebrações do 1º de Maio? Marcelo Rebelo de Sousa já fez questão de se distanciar, vincando claramente que não as idealizara estes moldes - estava a contar com uma coisa mais pequena e "restritiva", assegurou esta segunda-feira. O Governo não devolveu a bola diretamente ao presidente, mas já tinha lembrado que quem abriu a porta à cerimónia foi o próprio Marcelo. Pelo meio, como o Expresso escreveu esta sexta-feira, todos estavam ao corrente dos moldes da festa - mas não sabiam, e não fixaram, qual o número máximo de pessoas permitido (e foram várias centenas).

A primeira referência ao primeiro dia do trabalhador celebrado em tempos de confinamento aconteceu ainda abril ia a meio. Era altura de renovar o estado de emergência e Marcelo Rebelo de Sousa referia-se ao feriado explicitamente no seu decreto presidencial: “Tendo em consideração que no final do novo período se comemora o Dia do Trabalhador, as limitações ao direito de deslocação deverão ser aplicadas de modo a permitir tal comemoração”, embora com “limites de saúde pública”.