Afinal, de quem é a "paternidade" das polémicas celebrações do 1º de Maio? Marcelo Rebelo de Sousa já fez questão de se distanciar, vincando claramente que não as idealizara estes moldes - estava a contar com uma coisa mais pequena e "restritiva", assegurou esta segunda-feira. O Governo não devolveu a bola diretamente ao presidente, mas já tinha lembrado que quem abriu a porta à cerimónia foi o próprio Marcelo. Pelo meio, como o Expresso escreveu esta sexta-feira, todos estavam ao corrente dos moldes da festa - mas não sabiam, e não fixaram, qual o número máximo de pessoas permitido (e foram várias centenas).
A primeira referência ao primeiro dia do trabalhador celebrado em tempos de confinamento aconteceu ainda abril ia a meio. Era altura de renovar o estado de emergência e Marcelo Rebelo de Sousa referia-se ao feriado explicitamente no seu decreto presidencial: “Tendo em consideração que no final do novo período se comemora o Dia do Trabalhador, as limitações ao direito de deslocação deverão ser aplicadas de modo a permitir tal comemoração”, embora com “limites de saúde pública”.