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Política

Covid-19. Autarcas do Norte denunciam desvio de meios para Lisboa

A maioria dos concelhos mais atingidos pela pandemia (além do Porto) está no Norte e Centro. Autarcas queixam-se de desigualdade no combate e apontam o dedo ao Governo

Falta de equipamento para proteção individual, hospitais perto da rutura, lares como bombas-relógio, descoordenação entre autoridades locais, listas de espera de duas semanas para a realização de testes e uma perceção que se vai instalando no terreno: apesar das regiões do Norte e Centro do país serem aquelas que mais inspiram cuidados neste momento, pelo número de infetados e pela taxa de letalidade da doença, muitos autarcas ouvidos pelo Expresso acusam a administração central de estar a concentrar recursos na região da Grande Lisboa.

“É uma tendência evidente”, critica o social-democrata Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão (168 infetados). “É algo enraizado e absolutamente lamentável.” O autarca queixa-se de haver um enorme atraso no rastreio, mesmo o que devia ser prioritário — “temos marcações para 20 abril e esses testes certamente não contarão para as estatísticas”, ironiza — e aponta uma “enorme dificuldade no acesso à informação para identificar quem está infetado e onde”. Isto, alega, invalida qualquer estratégia que se queira eficaz de contenção. “É confrangedor. Não tem explicação.”

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