O ministro das Finanças, Mário Centeno, acusa o PSD de assumir "falta de seriedade" no debate orçamental por ter apresentando propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 como a descida do IVA na eletricidade que agravaria o défice.
"A proposta sobre o IVA da eletricidade do PSD consegue bater todos os partidos na irresponsabilidade", declarou Mário Centeno na abertura das Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem entre hoje e amanhã em Setúbal.
Segundo o ministro das Finanças, a proposta dos sociais-democratas sobre o IVA é "ilegal" e "irresponsável" uma vez que não respeita a legislação nacional e comunitária e não inclui medidas de compensação "credíveis".
"O PSD está numa lógica óbvia de ganho político imediato, sacrificando de forma clara os interesses do país e dos portugueses. O que aconteceu à direita, na verdade, é que foram-lhe caindo todos os dirigentes do glorioso período do para além da troika e agora caiu-lhe de vez a máscara", prosseguiu.
O governante referiu também que em relação, por exemplo, à questão dos cortes nos consumos intermédios isso corresponderia "inevitavelmente a um corte nas verbas que estão no Orçamento para o SNS". E acusou ainda o PSD de ter apresentado propostas sem os respetivos cálculos, garantindo que se todas fossem aprovadas agravariam o défice em 2, 2 mil milhões de euros.
Admitindo que o debate do OE2020 na especialidade será difícil após o Governo ter recebido mais de 1300 propostas de alteração ao documento, o ministro garantiu que a prioridade será garantir as "contas certas".
"O que todas as propostas dos partidos revelam é o aumento da dívida e a deterioração do saldo orçamental. A batalha orçamental deste ano vai ser dura, mas vai ser travada em nome dos jovens, para que a ajuda aos jovens e o combate à pobreza não tenha mais um interregno", concluiu.