Política

O primeiro banho do ano de Marcelo

Apesar da chuva, o Presidente não escapou à tradição

Minutos antes do mergulho, choveu torrencialmente. Parecia que o tempo não ia estar de feição, mas quando Marcelo Rebelo de Sousa chegou para o primeiro mergulho do ano no porto da Vila do Corvo, o sol abriu. Protegido da chuva na viatura da Polícia Marítima, um militar informava a segurança do Presidente da República que a temperatura da água estava melhor do que o previsto, 17 graus, uma sorte. Meia hora depois de ter emitido em direto a mensagem de Ano Novo, o Presidente chegou equipado, de calções e camisola, despiu-se, preparou-se e mergulhou.

“Então não está boa a água?”, comentava Marcelo para os companheiros de mergulho. “Está uma maravilha”. O mergulho estava prometido, e foi cumprido: seis minutos de natação observados por mais jornalistas do que pela população do Corvo, que em nenhum momento da visita cedeu verdadeiramente ao apelo de ir atrás do ‘Presidente-estrela’. Quem também cumpriu o que prometeu foi Rodrigo, o miúdo de 10 anos que, na noite anterior, durante o jantar de réveillon, garantira a Marcelo que apareceria para participar na sessão de natação presidencial. Precedido no mergulho por um dos seus seguranças, o PR teve a companhia de mais dois aventureiros: o carteiro da ilha e um imigrante ucraniano habituado a banhos gelados que o interpelara duas vezes no dia anterior.

Marcelo, que acredita em sinais da Divina Providência, viu bons auspícios para 2020 na aberta que São Pedro lhe deu para mergulhar em águas açorianas. Se isso significa que os alertas enunciados na mensagem de Ano Novo também terão consequências, é outra conversa.