Política

Pedro Nuno Santos tem esperança que a greve seja cancelada

O ministro garante ainda que "ter uma grande área metropolitana entre Lisboa e Porto é prioridade” para o Executivo

Expresso

Em entrevista ao "Público", o ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, diz que não foi alarmista ter apelado à população para encher os depósitos de combustível por causa da greve dos motoristas de matérias perigosas e mostra-se esperançoso de que a paralisação, prevista para ter início a 12 de agosto, ainda seja desconvocada.

"Como ainda estamos a mais de 15 dias do início da eventual greve, é importante que o Estado e cidadãos se preparem para uma greve que pode vir a acontecer", afirma o ministro. À pergunta sobre se tem esperança que a greve seja desconvocada, Pedro Nuno Santos diz que sim e até ao dia da paralisação. "Não vamos relaxar por um minuto, mas temos esperança que os sindicatos não deitem a perder o que já foi conseguido e que é muito relevante", frisa.

O ministro garante ainda que ”tal como o país funciona melhor com SNS e escola pública”, também é preciso uma “CP forte”, só possível com contrato de serviço público para poder cobrir os lugares que não dão lucro.

"Não nos faz mal nenhum podermos sonhar. Às vezes há uma distância entre aquilo que achamos que é preciso e a capacidade financeira para o fazermos. Precisamos de uma ligação entre Lisboa e Porto com uma velocidade entre os 250 e 300 km/hora. O país teria muito a ganhar com isso. Não falo em alta velocidade. Falo em velocidade. No dia em que a viagem entre Lisboa e Porto puder ser feita em pouco mais de uma hora, estaremos a pensar a forma como este paíse se organiza, a forma como a economia se articula, a forma como nós trabalhamos, de maneira completamente diferente. Podemos ter uma grande área metropolitana entre Porto e Lisboa. Esta é a minha prioridade.