Pela primeira vez um alto dirigente de um partido português fala publicamente sobre a sua homossexualidade. Porque, diz, não lhe ocorre esconder esse facto na primeira entrevista de vida que dá. Adolfo Mesquita Nunes, vice-presidente do CDS, conta como essa questão surgiu na sua campanha eleitoral na Covilhã, no ano passado, e como lidou com ela “com naturalidade”.
"Em junho, escreveram 'gay' num cartaz meu que estava num cruzamento muito movimentado. (...) Pedi que não o substituíssem porque não era mentira. Se alguém da minha equipa achasse que isto era um problema, que saísse. Ninguém saiu. E o cartaz lá ficou quatro meses. Passei por ele centenas de vezes e nunca me arrependi de o não ter tirado."
Na entrevista de vida ao Expresso deste sábado, o dirigente do CDS assume-se como liberal num partido que reúne conservadores e democratas-cristão e fala do que aprendeu sobre tolerância crescendo numa família que tinha gente que ia do CDS ao MRPP. E defende a liberdade como valor primeiro, que "vem antes da própria vida".
Saiba mais na edição deste sábado do Expresso.