O Livre nasceu há dez anos, sempre muito marcado pela figura de Rui Tavares, que começou a sua vida político-partidária como eurodeputado independente eleito pelo Bloco de Esquerda. Historiador, divulgador de história e colunista, não foi ele que estreou a cadeira do Livre na Assembleia da República. A estreia foi traumática, com Joacine Katar Moreira, que acabaria por abandonar o partido.
Num momento em que a esquerda está em recuo, em Portugal, o Livre vai crescendo. Europeísta e ecologista, o Livre conquista alguns votos à direita, mas fragmenta um espaço cada vez mais diminuto. Entre o deve e o haver, se verá o que se ganha e perde. Independentemente disso, o seu crescimento eleitoral sustentado é um feito notável em tempo de crise no espaço da esquerda.
No mês passado, que fechou com um espatifando de Joe Biden no debate com Donald Trump e a vitória da extrema-direita em França, adensando as nuvens negras que pairam sobre o mundo, o Livre propôs encontros à esquerda para trabalharem desde já em convergências políticas e eleitorais nas autárquicas. E França, o último dique ao crescimento da extrema-direita foi uma aliança das esquerdas capaz de conquistar voto jovem, suburbano e de trabalhadores.
É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha. Subscreva (no Spotify, Apple e Google) e oiça mais episódios: