É natural que a paciência se esgote, dando lugar à revolta, ainda antes de se iniciar o processo negocial. As recentes manifestações só têm paralelo com os tempos de Maria de Lurdes Rodrigues, uma ministra mais hostil do que João Costa. Em causa estão exigências antigas: colocação, vínculo e carreira. E derrotas que se julgavam definitivas, como a recuperação do tempo de carreira perdido com os sucessivos congelamentos. Um descontentamento que um pequeno sindicato dominado por militantes de um partido que teve 0,1% nas últimas legislativas conseguiu fazer explodir o descontentamento enquanto a Fenprof esperava para negociar, seguindo os calendários habituais. As perguntas difíceis para o Ministério, para os sindicatos e para os professores, num confronto que se torna cada vez mais complexo, são feitas neste episódio a Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha. Subscreva (no Spotify, Apple e Google) e oiça mais episódios: