Exclusivo

Francisco Louçã

Corrupção e golpismo na justiça brasileira

Se o juiz é tarefeiro de golpe político, tudo passa a ser possível. Encerra-se uma via de intermediação na sociedade conspurcando um poder declarado independente

Um dos aspetos mais preocupantes do ascenso da extrema-direita no Brasil tem sido a instrumentalização da justiça como um agente político porradista de primeira linha. A bem dizer, isso não é exclusivo do sistema brasileiro, em Espanha são acusados de traição à Pátria e podem ser condenados a 25 anos de prisão governantes eleitos que cumpriram um mandato parlamentar organizando um referendo democrático. A fronteira do inadmissível tem-se esbatido à medida que a política é colonizada pelos ódios, a ideia de uma justiça baseada na legalidade é uma das vítimas desse tormento. Mas é no Brasil que esta mistura tóxica tem ido mais longe, numa vertigem de acontecimentos que levou num ápice o principal operacional do golpe judiciário, Sérgio Moro, ao cargo de ministro de plenos poderes.

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