Jan-Werner Müller define o populismo como a reivindicação exclusiva de representar o “verdadeiro povo” contra elites corruptas. No cerne do populismo reside a rejeição do pluralismo e a alegação de que apenas o populista detém a representação moral exclusiva do povo. Em tempo de policrises — não só múltiplas, mas também complexas —, o populismo é o ópio fácil, oferecendo alvos para a raiva, mas falhando em fornecer respostas viáveis a problemas sistémicos.
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O centro que não se sustenta
Quando o debate político oscila entre culpar imigrantes ou milionários, as democracias vão esquecendo que problemas sistémicos exigem soluções complexas e muito provavelmente imperfeitas