Até à última semana do mês, 93% dos incêndios em Portugal foram controlados nos primeiros 90 minutos, o dispositivo disponível, em comparação com o ano passado, aumentou em 129% e os ­meios aéreos em 210%. A repetição destes dados contradiz a ideia de que “nada foi feito”, mas não esvazia a sensação de que, oito anos depois das tragé­dias de 2017, se falhou ao que então se prometeu. A dimensão de área ardida — 280 mil hectares — e as vidas perdidas até agora tornam as percentagens uma prestação de contas que nunca será clamada como sucesso.