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Opinião

Sócrates: o exterminador implacável

O descrédito das instituições, que Sócrates prossegue e promove, não tem preço. Da falência financeira recuperámos com ajuda externa. Da falência institucional não há ajuda externa que nos salve

Um dia, o na altura presidente da RTP, Almerindo Marques, perguntou a um conhecido e importante ministro dos Governos de António Guterres que opinião tinha do então primeiro-ministro José Sócrates, que foi secretário de Estado e ministro do Ambiente do agora secretário-geral da ONU. Hesitou um pouco, breve silêncio, ponderou a resposta, e disse: “É um homem terrivelmente obstinado, um político implacável a concretizar os seus planos. Se tiver razão, o país será salvo. Se não tiver, Deus nos salve porque o país estará perdido”. Premonitório. Problema. Sócrates estava errado. Levou o país à perdição, ou seja, à bancarrota. Foi obrigado e pedir ajuda externa quando o seu próprio ministro das Finanças e os banqueiros lhe disseram: “Basta, não há dinheiro!”