Agora que o julgamento começou, vale a pena olhar para trás. Não para nos perdermos na miríade de fases processuais e recursos, nos prazos sucessivamente ultrapassados ou nas absurdas manobras dilatórias da defesa. Mas, sim, para tentarmos perceber como é que um dos casos judiciais mais relevantes da democracia se transformou naquilo que mais ameaça a democracia: a mistura explosiva de quem tem poder conseguir atrasar um processo para as calendas, de quem investiga construir um tijolo infindável e de demasiados atores terem tecido uma teia incompreensível a quase todos.
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Sócrates e o princípio da eficácia
Valeu a pena esperar pelo fim da Operação Marquês? Ou teríamos uma justiça mais eficaz com processos separados?