Vivemos numa era em que a tão badalada inovação é celebrada como motor de crescimento económico e solução para os grandes desafios da Humanidade. A biotecnologia continua a revolucionar a medicina. A inteligência artificial promete reinventar profissões. A transição energética ganha escala. Tudo parece acelerar. E, no entanto, por trás de cada nova tecnologia, de cada modelo de negócio disruptivo, de cada aplicação que muda o nosso quotidiano, está sempre o mesmo ponto de partida: a ciência. Aliás, na verdade, a ciência dita fundamental. Aquela que, muitas vezes, parece abstrata. A que demora anos — por vezes décadas — a produzir resultados visíveis. A que resulta de uma necessidade de compreender mais do que de uma vontade de aplicação imediata. A ciência que, tantas vezes, é subvalorizada por quem olha para o conhecimento apenas através do prisma da rentabilidade a curto prazo.
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Sem ciência, não há negócio
Os grandes avanços que hoje moldam o nosso presente foram, praticamente todos, iniciados por investigações que ninguém ousava considerar “úteis” no momento em que foram feitas