Não alinho nos elogios aos discursos do 10 de Junho. É óbvio que não há “sangue puro”, é claro que somos fruto de miscigenação, é indiscutível que a universalidade — da formação da nacionalidade às diásporas, passando pelos Descobrimentos — é uma marca da portugalidade. E ainda bem. Mas a citação de Shakespeare (de que gosto muito) trocou os termos na passada terça-feira: ali, foram os cegos a guiar os loucos.
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Portugal treslido
Numa sociedade fervilhante de dissensão, usar os momentos e os cargos da coesão para acicatar a primeira é, para dizer o mínimo, explosivo