Muitas vezes, o processo científico é descrito de forma idílica: quando novas experiências ou evidências contradizem teorias antigas, estas são rapidamente substituídas por teorias melhores. A realidade é menos harmoniosa. Os defensores das teorias desacreditadas resistem até ao fim. Com o tempo, não há uma conversão dos cientistas mais velhos, mas sim uma renovação geracional: novos cientistas vão aderindo às teorias emergentes, enquanto os antigos perdem influência. A resistência pessoal e institucional à mudança é um traço característico da ciência real — bem mais humana do que a imagem idealizada que se propaga. Como terá afirmado Max Planck, “a ciência avança de funeral em funeral”.
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Sem meias-palavras
Se os dirigentes de esquerda — de toda a esquerda — não percebem o absurdo do que estão a fazer, a única esperança será mesmo confiar na paciência inexorável do tempo