Houve um tempo em que os líderes queriam parecer extraordinários. Alimentavam a distância que lhes oferecia gravitas. Porque era por serem extraordinários que lideravam. De Álvaro Cunhal a Cavaco Silva, era esse o padrão. Mesmo os que cultivavam a informalidade e a proximidade, como Mário Soares, nunca apareciam como um entre iguais.