No final de abril, fez notícia que iria desenrolar-se num pavilhão de Los Angeles, perante uma audiência, a primeira “corrida de espermatozoides”. E aconteceu. Os dadores eram conhecidos. Dois garbosos estudantes de duas universidades rivais que durante semanas se tinham exibido como lutadores de artes marciais a fazer desporto e a comer saudavelmente. Na noite do evento, tipo combate de MMA, um homem com uma bata branca usou pipetas para colocar amostras de sémen previamente recolhidas dos “atletas” e colocou-as em pistas microfluídicas de dois milímetros feitas de curvas e voltinhas. Essas pistas eram ampliadas não sei quantas vezes num ecrã para se poder ver a corrida. E, sim, foi uma corrida — se é que aquilo foi “real”. Há dúvidas. Os organizadores garantiram que o objetivo era alertar para a queda da fertilidade masculina. Podia desenvolver agora o tema de como a fertilidade, ter muitos filhos, se está a tornar numa obsessão da masculinidade milionária — já não basta ser homem, há que demonstrar que se é abundantemente fértil —, mas não irei por aí. Interessa é que o Polymarket, uma bolsa de valores para acontecimentos atuais onde só se pode apostar em cripto, mostrava um dos concorrentes a ganhar. E foi mesmo o que venceu.
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Por um governo de sondagens cripto
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