Na sexta-feira, estive, como todos os anos, na descida da Avenida da Liberdade, em Lisboa. Para além do desfile do ano passado, em que se assinalava meio século de democracia e a extrema-direita acabara de eleger 50 deputados, terá sido o maior de sempre. Enquanto descia avenida, disseram-me que havia problemas no Martim Moniz e no Rossio e que era a isso que as televisões estariam a dar cobertura. Fui ver os sites e, estando no meio da multidão que enchia toda a avenida de forma mais compacta do que o habitual, tive uma sensação de irrealidade: quase todos abriam com uma manifestação de umas poucas dezenas de pessoas.