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Opinião

Uma denúncia defensiva para neutralizar o escrutino ético a Montenegro

A denúncia anónima contra Pedro Nuno Santos, que o Ministério Público já tinha arquivado há um ano, não serviu para o incriminar. Receber dinheiro do pai é diferente de receber uma avença de casinos quando se é primeiro-ministro. Foi defensiva. Serviu para neutralizar o escrutínio a Montenegro. Apesar do contraste da reação, obriga o líder do PS a defender-se e diminui o efeito da razão pela qual estamos a ir a votos.

Todos sabem para que servem as denúncias anónimas de que temos falado. Foi Hugo Soares que explicou, na TSF, em fevereiro (episódio 25 do Conselho de Líderes, com Mariana Leitão), que os partidos as usam como forma de fazer política. Ficam claros, então, os objetivos desta denúncia contra Pedro Nuno Santos, que não corresponde a qualquer dado novo. Neste caso, não são ofensivos. São defensivos.