Ainda faltam algumas semanas até dia 18 de maio, mas estas legislativas já mostraram o seu potencial, e não é bonito de se ver. PS e PSD são partidos com uma elasticidade incrível. Já estiveram em extremos opostos da ideologia política, mas isso aconteceu menos vezes do que aquelas em que se confundiram. É mais comum vermos os socialistas aproximarem-se do centro. Guterres, Sócrates e Costa até podiam por palavras defender o contrário, mas as suas ações (salvo raras exceções em algumas áreas, como a da Saúde) podiam ser tomadas por Governos liderados por sociais-democratas.
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Insonsos
Os extremos obrigaram o centro a fundir-se numa massa indistinta e insonsa, onde ponderam os lugares-comuns e as mesmas políticas de sempre: baixar impostos para as famílias, sejam eles diretos ou indiretos, subir pensões, como se isso não tivesse consequências apocalípticas para as novas gerações, aumentar o salário mínimo para valores que há poucos anos seria considerado um suicídio económico e apostar no aumento da despesa com a Administração Pública