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Opinião

Resistir, sempre

Há uma cultura de agressão. Há um ataque continuado. Nunca a ideia de defesa foi tão importante

Andam por aí muitos nervos por causa do almirante Gouveia e Melo. O que fez ele para os provocar? Nada. E parece ser esse o problema. Gouveia e Melo está a deixar muita gente irritada com o facto de não fazer o que lhe exigem. Assuma-se, diga lá que é candidato. O almirante é enervante porque vai à frente da corrida e nem sequer está inscrito na corrida, por agora. Querem impor-lhe regras de prazos e discursos, o que não me parece um bom início de competição. Mas que sei eu? Longe de mim entrar no terreno superpopuloso do comentário político. Mas acho que posso achar, como cidadão que vê e ouve, em matérias que existem além da estratégia eleitoral. Percebo que queiram diminuir o almirante antes da corrida, não entendo certos argumentos. Entendo (sem concordar) a ferroada sobre a inexperiência política, a suposta falta de preparação e conhecimento para o que terá de decidir ou enfrentar. Não entendo que do rol de dedos apontados digam que o almirante é um frio bélico que defende a guerra, acusação estúpida dirigida à generalidade dos militares. E porquê, se repararmos bem? Porque Gouveia e Melo defende que a defesa e a segurança devem passar a ocupar um lugar cimeiro nas nossas preocupações, bastando para isso estar atento a uma hora de notícias.