Estou sentada numa sala de cor indefinida com cadeiras de plástico sem cor que olham para mim com perplexidade. No balcão de check-in disseram que havia um número de telefone para onde ligar quando isto acontece. Pousado numa mesa de fórmica está um telefone da segunda metade do século XX, modelo dos anos 80, com um número. Ligo o número, o telefone é branco-sujo e está sujo. Ninguém responde. Saio da sala e encontro um segurança, um negro afável, que sorri e vai em busca de outro segurança, branco e mal-encarado, que responde ao primeiro segurança que aquilo toca e ninguém atende. É o lost and found. Estou lost. O segundo segurança ignora-me. O primeiro segurança sorri e diz “acho que às vezes toca durante uma meia hora até eles atenderem”.
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Que faço eu aqui?
Não imaginam os extremos de ódio e repugnância que a Vinci me causa