Conheci-o já no fim da sua vida, ainda muito bem fisicamente, mas triste por uma perda recente que lhe tinha acontecido. Entrou a dizer-me, a partir de agora, não faz mais sentido viver, para mim acabou. Percebia-se que por trás deste desespero estava um homem que tinha tido o que se chama uma vida cheia, pouco complicado, daqueles para quem dois e dois são quatro, sem qualquer dúvida. Foi muito direto: “Podemos falar da minha vida se assim o entender, mas o que agora me aconteceu podia ter acontecido a qualquer pessoa. Não sei se é reparável, tenho dúvidas, talvez aprenda a viver com esta dor.”
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O homem dos ralis
Oriundo de uma família com dinheiro, nunca foi um bom estudante, chegou a entrar na faculdade, mas ficou pelo caminho