Montenegro fez uma campanha baseada na gestão do silêncio. Fez uma remodelação sem se justificar e passou 15 dias de suspeitas sem falar aos jornalistas. Desde que chegou ao poder, deu uma entrevista e quase nenhuma conferência de imprensa com perguntas. No sábado, enviou cinco ministros para responderem às perguntas a que não respondera minutos antes. O escrutínio serve para defender o Estado de políticos vulneráveis. Furtar-se a ele é desrespeitar a democracia
Deixei fora do último texto uma parte relevante da crise ética (que o primeiro-ministro está empenhado em transformar numa crise política) que estamos a atravessar: os efeitos da estratégia de comunicação que Montenegro tem imposto à comunicação social e que esta passivamente tem aceitado.