Podemos estar fartos da polarização, mas a alternativa não pode ser o vazio absoluto. Do que li aqui no Expresso, Gouveia e Melo gosta de coisas boas e não gosta de coisas más e está no meio tudo para não estar em lugar algum. Ainda assim, o candidato que prefere manter um falso tabu para continuar a ser mais desejado do que escrutinado, já defendeu três coisas: que o investimento militar pode afetar a despesa social, que o Serviço Militar Obrigatório seria útil e que a dissolução do Parlamento pode resultar de uma leitura discricionária do Presidente, se considerar que há uma perda de confiança do povo ou as promessas eleitorais não estão a ser cumpridas. Mostrando que já ganhou os vícios da política, recuou nas duas primeiras, por serem impopulares. Espera-se mais disto.