Desde os anos de 1980 que a expressão “literatura britânica” inclui autores como Salman Rushdie, de origem indiana, e Hanif Kureishi, filho de um paquistanês radicado em Inglaterra, como antes já incluía o caribenho V. S. Naipaul. Kureishi disse que descobriu com Rushdie, de quem é amigo, que o seu tema seria a raça e o legado do colonialismo. E em “Shattered”, o seu último livro, conta que uma vez num exame médico lhe deram os parabéns pelo romance [de Rushdie]“Os Filhos da Meia-Noite”, elogio a que respondeu: “Se eu tivesse escrito ‘Os Filhos da Meia-Noite’, não acha que estaria num hospital privado?”
Exclusivo
Os seus hospitais
Escritor incapaz de escrever, hedonista sem prazeres nem libido, Kureishi faz do diário dos internamentos uma confissão, uma hipotética despedida