Trump faz política como fez negócios: o método é transacional, mas o valor está na sua própria imagem. Não é por acaso que Trump, “com a sua habitual modéstia”..., disse que o seu livro The Art of the Deal (A Arte dos Negócios) é apenas superado pela Bíblia. Na Arte dos Negócios tudo é negociável e o acordo resulta, não da adesão a quaisquer princípios ou regras, mas da relação de poder entre as partes. Os próprios princípios ou regras são objeto de transação e o que determina o resultado final é o poder relativo de cada parte. Este é o método de Trump, nos negócios e na política. Mas o que ele negoceia é sobretudo a sua própria imagem. Trump foi muito mais bem sucedido comercializando a sua imagem, como uma marca, do que nos investimentos que fez. Trump é o seu próprio principal ativo e, ao mesmo tempo e por isso mesmo, o ativo que ele mais quer fazer crescer. Quer uma quer outra coisa fazem com que ele multiplique negociações e intenções. Como também escreveu na Arte dos Negócios, é fundamental ter várias bolas no ar ao mesmo tempo. Multiplica as oportunidades negociais, mas, sobretudo, o efeito cumulativo amplifica a sua imagem ainda que muitas dessas bolas terminem no chão...