Mesmo quem estiver atento ao contínuo tsunami de notícias, debates e exaltações diversas, poderá ficar com a sensação de que a crise da habitação é um problema estritamente português e, sobretudo, urbano e metropolitano. Sendo compreensível que ninguém, em particular os políticos, se preocupe em desculpar com o facto de este ser também um drama internacional de larga escala, porque sabem que quem sofre o problema na pele lhes diria de imediato em bom português que “com o mal dos outros posso eu bem”, não é aceitável que, por vezes, não se saia desta bolha para espreitar o que se vai passando neste domínio em geografias próximas, mesmo que, por aí, causas e consequências possam ser diferentes.