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Opinião

O motor alemão gripou. E agora?

A Europa tem perdido peso no PIB mundial e está fora da corrida pela economia digital e pela inteligência artificial

Passámos anos a criticar a Alemanha. Nisso os portugueses não são muito diferentes de gregos, espanhóis ou irlandeses, que sofreram na pele (e no bolso) os efeitos dos programas de austeridade. Foi a crise da dívida, gerida com os pés, que lançou a zona euro numa nova recessão. A paranoia com os excedentes externos. O travão da dívida, agora sob ameaça, que mandou na política orçamental na última década. O aproveitamento do euro para manter desequilíbrios que seriam insuportáveis com moe­das nacionais. Os ziguezagues políticos aos primeiros sinais de crise na Grécia. Quase todas as análises (sérias) têm uma pontinha de verdade. Mas é sempre melhor quando é um alemão, conhecedor, a dizê-lo.