A história não se conta através das lutas de classe, e menos ainda pela sucessão de feitos heroicos de reis e de líderes. Essa noção que nos ficou, por um lado, da tradição e, por outro, do marxismo, vem sendo posta em causa há quase um século, e há cerca de 50 anos definitivamente contestada por historiadores da terceira geração da escola dos Annales, a corrente de Lucien Febvre e Marc Bloch que revolucionou a historiografia.