Exclusivo

Opinião

A simplicidade da destruição

A esquerda, sem outro projeto político que não a guerra cultural, disparou contra a polícia e contra o Governo

Desde que se tornou secretário-geral do PS que Pedro Nuno Santos convive com a tentação de empurrar o PSD para os braços do Chega, entregando a sorte dos sociais-democratas a quem, convenientemente, ambiciona substituí-los, e abrindo, menos convenientemente, as portas da governação à extrema-direita. Recuando um ano, foi isso que o demarcou de José Luís Carneiro na disputa interna do PS, foi isso que defendeu na reação às eleições regionais nos Açores, em fevereiro, foi isso que a sua número 2 defendeu na ressaca das legislativas contra Luís Montenegro (“Orçamentos não viabilizamos, nem pela abstenção”) e foi isso que o fez resistir a deixar o OE passar até ao último momento, indo contra os seus instintos e predisposições.