Eu ouvia dizer que não devemos dar esmola a um pobre porque estaremos a atrasar 100 anos a revolução. Primeiro não percebia, era pequeno e faltavam-me leituras e entendimentos. Depois já percebia, mas não estava ainda com corpo e alma para aceitar. O que me ficava da frase era a força estranha da imagem que as palavras criavam, e nada mais. Era pouco depois de abril de 74. Toda a gente falava de grandiosidades, de gestos, de simbolismos. Esta ideia, que Lenine terá ou não sussurrado, era só uma de lista vasta de novas bravuras.
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Acordai, homens que dormis
O almirante Gouveia e Melo ainda nada disse de sim ou sopas e já lhe enchem o caminho de pedrinhas