A situação é toda ela bizarra. As eleições presidenciais romenas foram anuladas por causa do TikTok, a plataforma de vídeos curtos usada por jovens. Tudo aconteceu rapidamente — e o mundo, em tal ebulição, quase não notou. Calin Georgescu, um ultranacionalista de extrema-direita pró-Putin, que acredita que a ida à Lua foi encenada, e tinha uns 5% na intenção de votos entre a panóplia de candidatos, acabou por vencer a primeira volta. Sem ações de campanha. Sem dar entrevistas. Nada. Só TikTok. Soaram os sinais de alarme em Bucareste e por toda a Europa. A Roménia, membro da UE essencial na contenção da influência russa, estava em risco. Primeiro, o Tribunal Constitucional anulou as eleições. Segundo, foram buscar-se culpados: o TikTok, que foi o veículo de Moscovo para uma campanha de desinformação em massa. E os sacanas dos putos caíram na conversa e votaram em Georgescu. E agora, espera-se que novas eleições tragam um resultado diferente. Será?
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A Geração TikTok vai ficar sem TikTok
Nos EUA, é o pânico. A app chinesa vai mesmo ser banida. Na Europa, as eleições romenas foram a gota de água. A “democracia de 10 segundos” não é viável