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Opinião

O choque elétrico de Carlos Tavares

Os ventos da história sopram fortes na indústria automóvel. Estar do lado certo é uma das qualidades reconhecidas a Carlos Tavares, mesmo por críticos dos seus métodos

Durante uma década o português Carlos Tavares foi um gestor no topo do mundo. O seu percurso profissional é formidável. Apaixonado pela indústria automóvel, onde sempre trabalhou, teve a prova de fogo com o convite para salvar a Peugeot da falência. Fez muito mais do que isso. Três anos depois, em 2017, comprou a Opel, a divisão europeia da General Motors. E em 2019 negociou a fusão da Peugeot com a Fiat, fundando a quarta maior construtora do mundo, com o nome Stellantis, que tem 14 marcas de automóveis e 250 mil assalariados. No passado fim de semana renunciou ao cargo de CEO, antecipando uma saída prevista para 2026.