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Opinião

As mulheres votaram contra o radicalismo trans

Se obriga o feminismo a baixar a cabeça perante o homem muçulmano, negro, cigano ou hispânico, a esquerda woke também força o feminismo a baixar perante o homem que se transforma numa mulher

Se não sair da agenda woke, que procura conciliar o inconciliável, a esquerda vai mesmo desaparecer. O espírito woke ou politicamente correto, como quiserem, é contraditório do princípio ao fim. Por exemplo, defende (e bem) as mulheres, mas, logo na primeira esquina, obriga o feminismo a prestar vassalagem ao machismo do homem muçulmano, negro ou cigano, que alegadamente têm de ser respeitados nos seus direitos culturais. Portanto, vemos todos os dias pessoas de esquerda neste triste espetáculo: de manhã, defendem o feminismo contra o patriarcado do homem branco; à tarde, garantem que criticar o patriarcado do homem muçulmano ou negro é “racismo”. Muçulmanas feministas como Marjane Satrapi são rotuladas de “islamofóbicas”; seria o mesmo que rotular de “antiportuguesas” as nossas Três Marias.