Exclusivo

Opinião

A solidão de Pedro Nuno Santos

A transição do poder para a oposição interrompe o acesso à informação, essencial ao exercício do poder. Dá ao Governo em funções a decisiva capacidade de 
marcar a agenda

A solidão do poder só tem paralelo na solidão da oposição. A primeira ocorre normalmente no final dos mandatos. A segunda no início. A solidão do poder nota-se quando o líder já só está bem onde não está. Desconfia de todos. Desconfia de tudo. É Cavaco no final do terceiro Governo. É Guterres no breve segundo. A solidão do líder da oposição começa onde a solidão do líder no poder acaba. Este tem tudo, mas já não é capaz. O primeiro quer tudo, mas ainda não pode. É neste ponto que está Pedro Nuno Santos. Loures foi apenas mais um percalço no calvário que o espera.