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Opinião

Questões comezinhas de milhões sobre a TAP

O país pode ter ficado a ganhar com os negócios da TAP, a companhia talvez também, mas no toma-lá-dá-cá com David Neeleman o contribuinte ficou a ganhar ou a perder?

No seguimento do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a TAP discutiu-se muito quem fez pior: o PS de Sócrates, incentivando o negócio ruinoso no Brasil ou colocando a privatização da companhia no memorando com a troika; o PSD de Passos Coelho, privatizando à pressa mesmo antes de ceder o poder, talvez sem cuidado nas negociações, ou o PS de António Costa, recomprando a maioria do capital da TAP em 2015, mas deixando os privados controlarem a gestão, e depois renacionalizando a companhia em 2020? Discutiu-se também (e ainda bem) se a estratégia de Neeleman foi a melhor para a TAP e quais foram os benefícios que ela trouxe para o crescimento do turismo no país. Discutiu-se por fim (e mal) se devía­mos excluir ou demitir decisores políticos hoje porque discordamos das suas decisões passadas neste processo.