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Opinião

É mais fácil conduzir 4,000 km até à Ucrânia do que ser filantropo em Portugal

Mas uma nova organização quer mudar as regras da filantropia no país

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, houve portugueses heroicos que encherem os seus carros de garrafões de água, cobertores e enlatados e rasgaram a Europa para ajudarem os refugiados ucranianos. A cada guerra, inundação, terremoto ou fogo florestal, há um gesto épico, uma decisão humanista, uma ação benevolente. Uma câmara de televisão.

Mas os portugueses são dos povos menos generosos (World Giving Index, 2023) e com menos sentido coletivo na Europa (Eurobarómetro, OCDE). Há uma arritmia entre a nossa perceção pública de país voltado para o outro e as estatísticas que demonstram que somos um país de gentes voltadas para elas próprias.