Há pouco mais de um ano escrevi neste mesmo espaço que “só os mais ingénuos podem ser levados a pensar que ele [Pedro Passos Coelho] não tem um plano onde esconde a ambição de voltar a liderar o PSD e ser primeiro-ministro. As aparições cada vez menos pontuais e discretas são selecionadas a dedo como se fossem inocentes, para não parecer que está a fazer oposição ao recente líder, quando na realidade permitem manter a bola a saltar, à espera do momento certo”. Desde então o mundo político mudou. Contra todas as expectativas, a maioria absoluta do PS cedo ruiu, e Montenegro tornou-se primeiro-ministro antes do tempo que tinha imaginado ser possível.
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Passos perdido
Passos sabia perfeitamente ao que ia. Apareceu como deseja ser recordado, como único e incontestado líder da direita, como reserva moralista da nação, como salvador da pátria ferida