A afirmação de que o Governo recém-empossado herdou “um cofre cheio”, constituindo-o quase na obrigação de aceder às reivindicações remuneratórias de todas as forças corporativas em presença, é hoje um lugar-comum na sociedade portuguesa. O secretário-geral do PS, cujo último Governo teria legado ao Governo em funções este “cofre cheio”, apressou-se a fazer saber que está pronto para aprovar um orçamento retificativo tendo por objetivo a “valorização das carreiras da Administração Pública”, referindo, nomeadamente, “pessoal da saúde, polícias, oficiais de justiça, professores” — a que poderia ter acrescentado, por exemplo, Forças Armadas, bombeiros...
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Os cofres cheios de quê?
Mesmo que o cofre estivesse cheio em 31 de dezembro passado, estamos em 2024, e, com o início de um novo ano, todos os contadores são postos a zero (exceto o da dívida...)