Na segunda-feira, critiquei o fanatismo woke. Ontem critiquei o fanatismo reacionário. Estas duas forças extremadas não têm o apoio real da maioria da população, mas acabam por dominar os debates, pois os algoritmos dos média e dos social media privilegiam o radical, o confronto sem pontes. Neste ambiente de democracia grega antiga e não de democracia constitucional moderna, o centro democrático e liberal, à esquerda e à direita, tem de fazer o seu trabalho. E, parte desse trabalho, passa pela crítica interna. Ou seja, intelectuais de direita têm de criticar o trumpismo e os intelectuais de esquerda têm de criticar o wokismo.
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Applebaum e Neiman: entre wokes e reaças
Applebaum diz ali algo que eu também já senti na pele: a perda de amigos que recusam criticar o seu lado, que recusam deixar o conforto do tribalismo e que veem nestas palavras uma traição ou uma cedência à esquerda. Não, não é uma cedência; estou no mesmo sítio