Em 2009, o historiador britânico Tony Judt, já falecido, defendia que a identidade de Israel como Estado unicamente judaico era “má para Israel” e “má para os judeus noutras paragens, que são identificados com as suas ações”. Apesar de as suas considerações terem fomentado controvérsia na época, a reação global à atual guerra entre o Hamas e Israel parece ter-lhe dado razão, à medida que judeus por todo o mundo estão a ser culpados pelo alegado “genocídio” de Israel contra o povo palestiniano.
Durante os últimos seis meses, as notícias das atrocidades em Gaza têm sido seguidas de picos de incidentes antissemitas em cidades como Londres, Nova Iorque e Viena. Sinagogas foram desfiguradas com frases de ódio, cemitérios judaicos foram profanados e indivíduos identificados como judeus foram assediados.