Dei por mim a fazer algo bizarro. A evitar ler notícias do que está a acontecer — um escândalo de teor sexual que envolve Christian Horner, o chefe da equipa da F1 Red Bull — para que a realidade não seja um spoiler para o documentário que vou ver dentro de um ano — a Temporada 7 de “Formula 1: Drive to Survive”, que “salvou” a Fórmula 1, transformou pilotos e chefes de equipas em celebridades, fez finalmente com que este desporto motorizado vingasse nos EUA (que tem hoje três Grandes Prémios), arregimentou hordas de novos fãs jovens que não querem saber dos carros mas das redes sociais dos condutores — para desdém dos antigos aficionados, cujo interesse se centrava na escolha estratégica dos pneus, ou em questões mecânicas, e não faziam ideia de quem era Günther Steiner, o ex-chefe da pior equipa do circuito e que se tornou uma estrela global. Ufa.
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