A palavra “funcionário” está uns pontos abaixo da palavra “humano”. Muitos pontos abaixo. Um humano que é um “funcionário” — eis a frase que rebaixa. Um “funcionário” que é um humano — eis a frase que eleva. E há robôs que podem ser funcionários; sabemos bem que as máquinas são cada vez mais as presenças essenciais no mercado de trabalho. Em tempos e, ainda hoje, em alguns países começou a discutir-se a possibilidade de cobrar impostos às máquinas, como se faz aos trabalhadores — para que as empresas não tenham tanto incentivo para empregar chips e algoritmos em vez de humanos com estômago, família e capacidade de protesto. Mas a discussão ficou por aí, pela atmosfera onde as boas palavras se perdem e nada de concreto fica.
Exclusivo
O funcionário e os humanos que dão prejuízo
Voltar ao estado antes da guerra parece esperançoso e até bonito. Fazer com que o depois seja igual ao antes parece redutor e antiprogressista